Por Turi Collura
Tonalidades vizinhas: o que são? Para que servem? Elas são as primeiras fontes para expandirmos o universo sonoro da tonalidade diatônica. Neste artigo vamos falar da contribuição das tonalidades vizinhas para a harmonia tonal.
A tonalidade não se limita apenas ao seu campo harmônico diatônico, mas inclui dominantes secundárias, movimentos cadenciais secundários, empréstimos, modulações, etc que, dispondo-se em círculos de maneira progressiva, se encontram mais próximos ou mais afastados do “centro de tudo”, isto é, da tônica.
Surge uma pergunta: há alguma “hierarquia” entre as fontes que vêm se agregando aos acordes diatônicos, para enriquecer a tonalidade?
De forma tradicional, as teorias harmônicas indicam as tonalidades vizinhas como as primeiras fontes para o enriquecimento da harmonia diatônica.
Vejamos o vídeo que nos apresenta esses conteúdos.
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Fixando os conceitos
Cada tonalidade possui cinco tonalidades vizinhas, três diretas e duas indiretas. As tonalidades vizinhas diretas são: sua relativa e as tonalidades de sua dominante e de sua subdominante. As tonalidades vizinhas indiretas são as relativas de sua dominante e sua subdominante.
Vejamos, a seguir, as tonalidades de Dó maior e Dó menor e suas tonalidades vizinhas:
As tonalidades vizinhas diretas de Dó maior são: Am (sua relativa), G (sua dominante) e F (sua subdominante). As suas tonalidades vizinhas indiretas são as relativas de sua dominante e de sua subdominante: Dm e Em.
As tonalidades vizinhas diretas de Dó menor são: Eb (sua relativa), Gm (sua dominante) e Fm (sua subdominante). As suas tonalidades vizinhas indiretas são as relativas de sua dominante e de sua subdominante: Bb e Ab.
Pensando no círculo das quintas, observamos que (com a exclusão da tonalidade relativa) as tonalidades vizinhas se encontram à direita e à esquerda da tonalidade “principal”. Essa é uma boa “dica” para calcularmos com facilidade quais são as tonalidade vizinhas de alguma tonalidade.
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Agora observe:
Tendo a tonalidade de C como referência, vejamos abaixo os clichês II – V7 de cada tonalidade vizinha. Esses clichês II – V7 representam, para a tonalidade principal, os seus II-V secundários!
Concluindo
As tonalidades vizinhas são a primeira fonte que nos ajuda a expandir a tonalidade para além de seus acordes diatônicos. No específico, trazem para o campo harmônico os clichês secundários II-V.
Sendo as tonalidades mais próximas, são, também, aquelas para as quais é mais recorrente modular. Trata-se de um primeiro degrau -sem dúvida importante – para a expansão harmônica da tonalidade. Mas muitos outros elementos vão entrar, ainda, em jogo….
Até a próxima!