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A rearmonização de uma melodia

Rearmonização

A rearmonização de uma melodia

Por Turi Collura

A rearmonização é uma das atividades mais desejadas por nós músicos! Queremos desvendar os “segredos” da harmonia para compor, improvisar… mas a rearmonização é algo que nos atrai de forma especial!! Neste artigo fazemos alguns exemplos interessantes de rearmonização no âmbito tonal.

 

O que é, afinal, rearmonizar? Poderíamos dizer, de modo geral, que se trata de “vestir” uma melodia com outra roupagem, de dar outro sentido ao tecido harmônico ou à melodia. Isso pode significar tanto substituir um acorde aqui, outro ali, bem como mudar radicalmente a harmonia original.

 

Como rearmonizar?

Existem várias maneiras de fazer isso, que podemos dividir em dois grandes grupos:

 

1. rearmonizações tonais;

2. rearmonizações não-tonais.

 

Ensino essas técnicas no Curso Online de HARMONIZAÇÃO E REARMONIZAÇÃO.

 

Vamos fazer aqui alguns exemplos de rearmonização tonal enriquecendo a harmonia original de uma música famosa. Para isso, vou usar apenas dois tipos de acordes: diminutos e SubV7.

 

Para nossa atividade, escolhi o começo da música Misty, do pianista Erroll Garner. Vamos trabalhar apenas com os primeiros quatro compassos da música, que já nos oferecem opções muito interessantes.

A partir da harmonia original, vamos, gradativamente, colocando os acordes que nos permitem enriquecê-la. Vamos assistir ao vídeo que preparei para isso:

 

Misty (Erroll Garner)

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Mais de 150 tópicos ensinando técnicas tonais e não-tonais de harmonização e rearmonização.

Analisando passo a passo:

 

1. Início do tema com os acordes originais:

 

 

2. Inserimos um acorde SubV7 interpolado: A7(#11). Observamos que as notas iniciais do tema podem ser harmonizadas através do acorde V7/I: Bb7

 

 

3. Inserimos agora um acorde diminuto auxiliar: Ebº

 

 

4. Acrescentamos agora outro acorde SubV7 interpolado: E7(b13). Observe também as cores do primeiro acorde Bb7: coloquei diferentes tensões, o que enriqueceu o tecido harmônico. A partir desse exemplo, temos já uma harmonia muito rica.

 

 

5. Acrescentamos agora um acorde diminuto dominante antes do Bbm7 do terceiro compasso: Aº. Mantemos todos os acordes anteriores. Aos poucos, a harmonia veio adquirindo uma sonoridade jazzística.

 

 

Espero que tenha gostado de como a harmonia evoluiu nesses exemplos. Para saber mais visite a página do CURSO DE HARMONIZAÇÃO E REARMONIZAÇÃO.

 

 

Veja também:

“Harmonizar ou “Rearmonizar”: qual a diferença?

Nesse artigo vamos falar sobre uma pergunta muito recorrente nos estudos de música.

harmonização
Turi Collura

Turi Collura é pianista, compositor, músico profissional. Atua como professor em Cursos de Pós-Graduação, em Conservatórios e Festivais de música pelo Brasil e no exterior. Formado na Itália em Disciplinas da Música (Bolonha) e na Escola de Jazz (Milão), é Mestre pela UFES, e Pós-graduado pela mesma Instituição. Turi é Coordenador Pedagógico do Terra da Música e Professor de alguns cursos online. É autor de métodos em livros e DVD (Improvisação, Piano Bossa Nova, Rítmica e Levadas Brasileiras para Piano), alguns dos quais publicados pela Editora Irmãos Vitale e com tradução em inglês. Ativo na cena musical como solista, músico de estúdio e arranjador, tem participado da gravação/produção de diversos discos. Em 2012, seu CD autoral “Interferências” ganhou uma versão japonesa. Seu segundo CD faz uma releitura moderna de algumas composições do sambista Noel Rosa.

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