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Incompatibilidade de Gênios: Playback e escalas para a improvisação

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Incompatibilidade de Gênios: Playback e escalas para a improvisação

Aqui no Terra da Música publicamos, periodicamente, estudos de músicas, com bases (playbacks), partituras, informações, pequenas análises e exemplos musicais.

Vamos estudar aqui a música “Incompatibilidade de gênios”, de João Bosco e Aldir Blanc – diga-se, de passagem, uma das duplas mais prolíficas da música popular brasileira.

Algumas informações sobre a música

A música foi lançada inicialmente no disco de vinil “Galos de Briga”, em 1976, que teve arranjos de Luizinho Eça (Radamés Gnattali arranjou a última música), e músicos de primeiríssima qualidade: Toninho Horta (guitarras/violões), Luizão Maia (baixo), Paschoal Meirelles (bateria) e Dom Chacal (percussão).

 

Em sua versão original, o andamento da música era mais lento, em relação ao que João Bosco propõe mais recentemente.

 

 

Incompatibilidade de Gênios: playback e partitura

(a base foi realizada pelo nosso colaborador Klayton Galdino, produtor musical e um cara muito bom na produção de bases de qualidade!)

 

 

A partitura:

 

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Escalas para a improvisação

Vejamos a seguir as escalas utilizáveis para a improvisação e algumas considerações sobre elas.

 

 

Alguns detalhes e considerações sobre a estrutura e suas escalas:

A tonalidade da música é Lá menor. Encontramos esse acorde no primeiro e no último compasso da música.

 

No primeiro compasso, a partitura indica três opções de escalas: lá menor natural (eólio); lá dórico; lá menor melódico – essas últimas duas indicadas na parte superior do pentagrama, como alternativas. São três opções que podem ser exploradas e utilizadas ao mesmo tempo, ora escolhendo as notas de uma, ora as notas de outra escala.

 

No terceiro compasso, o acorde cifrado como Fm6/G indica, na verdade, o acorde G7sus4(b9). A escala que indicamos aqui é chamada dórica (b9), ou mixolídia (b9,#9). Há certamente a possibilidade de utilizarmos, entre outras, a escala de sol superlócrio – essa comportaria o (b13) no lugar do (13). No vídeo a seguir, Nelson Faria utiliza-se dessa escala, em seu improviso.

 

No compasso 7, sobre o acorde Bm7(b5), podemos utilizar tanto a escala lócria, bem como a escala lócria(9M) – essa última indicada na parte de cima do pentagrama.

 

No compasso 8, sobre o acorde indicado como E7(#9,b13), indicamos a escala superlócria.

 

Há, porém, outra possibilidade, que pode ser utilizada sobre esses últimos dois acordes, considerados como Bm7(b5) – E7(b9,b13): a escala de lá menor harmônico (novamente uma olhada ao solo de Nelson Faria indica o uso dessa escala).

 

No último compasso, o acorde e suas escalas equivalem ao primeiro.

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A levada de violão de João Bosco em “Incompatibilidade de gênios”

Dito que uma característica marcante das levadas rítmicas brasileiras é a variação constante dos desenhos utilizados, observarmos a levada de base usada por João Bosco. Na versão original da música (apresentada no começo dessa página), a levada de base é a indicada abaixo.

 

Ja na versão mais recente, João Bosco inverte os dois compassos. A levada resulta ser agora a indicada a seguir. Observe, em ambas as levadas, os acentos que refletem uma clara influência dos desenhos de partido alto.

Até a próxima música!

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Redação Terra da Música
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